domingo, 26 de julho de 2015

O PRIMEIRO LIVRO DE MEDINA

Ídolo além da expectativa

A euforia em Pipeline no momento supremo. A tietagem no Rio durante a etapa brasileira da WSL e agora o bloqueio da fila na Livraria Cultura (SP). Gabriel Medina caminha para se colocar ao nível de grandes ídolos esportivos de fora do futebol brasileiro, como Guga Kuerten e Ayrton Senna.  


SÃO PAULO, LIVRARIA CULTURA, SHOPPING IGUATEMI, 23 DE JULHO 2015. MUITA GENTE NÃO CONSEGUIU A PULSEIRA QUE DAVA DIREITO AOS AUTÓGRAFOS - FOTO: DRAGÃO (com celular)

No lançamento do belo livro, ricamente ilustrado, de autoria do jornalista Tulio Brandão, pela editora Primeira Pessoa; além de Tulio, Gabriel e seu padrasto Charles Saldanha estavam disponíveis para dar autógrafos. A fila, que começou a ser organizada fora da loja, foi disposta subindo toda uma escada em forma de arquibancada no terceiro piso da mega store. Em um determinado momento as pessoas ainda podiam comprar o livro, mas não teriam direito a obter os autógrafos.
Ao final do livro, como última frase, Gabriel coloca o desejo de ser tricampeão mundial. Acho conservador. Mas só o futuro vai poder dizer isso e também a magnitude que vai tomar o seu grau de idolatria na medida em que conquistar tal façanha, ou chegar ainda mais longe.


NA MESA DE AUTÓGRAFOS, CHARLES EM PRIMEIRO PLANO, TULIO AO CENTRO E GABRIEL MEDINA EM FRENTE À CAPA DO LIVRO, PACIÊNCIA E SIMPATIA


PRÉVIA DA CAPA DO LIVRO QUE PRETENDO LANÇAR ATÉ O FINAL DESTE ANO
ARTE DE FERNANDO MESQUITA

Em 2012, quando começamos a montar esta potencial capa (ainda pode ser que haja alguma alteração até o lançamento do livro), logo tive claro em minha mente que seria importante ter uma foto grande de ação, ATUAL, sustentando as imagens históricas. Também decidi buscar algo do fotógrafo Sebastian Rojas, um dos mais completos, longevos e ativos fotógrafos especializados em surf do Brasil. Esta imagem do aéreo de Gabriel, competindo no Quiksilver Prime de Saquarema caiu como uma luva. Engloba os três temas centrais que serão o fio condutor de minha obra: OS SURFISTAS – AS PRAIAS – OS CAMPEONATOS.

As outras fotos trazem momentos diversos, espalhados pelo tempo, de locais e personalidades icônicas do surf brasileiro.

Para saber todos os créditos desta capa naveguem pelo site do livro:


terça-feira, 14 de julho de 2015

RELÍQUIAS E RARIDADES

Pesquisando acervo

O trabalho de construção do livro, que já está virando uma espécie de enciclopédia, A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO é ancorado em duas frentes principais: a) as entrevistas com importantes personalidades do surf brasileiro; b) pesquisa em publicações.


REVISTA SURF É NOTÍCIA – CAPA DE 1977
PEPÊ LOPES EM SAQUAREMA - FOTO: SERGIO MONIZ
PEPÊ VENCEU NA FINAL, PELA ORDEM: DANIEL FRIEDMANN, BOCÃO, RICO, FÁBIO PACHECO E SEU IRMÃO OTÁVIO

Reorganizando a minha coleção de revistas para a pesquisa, me deparei com algumas raridades e curiosidades. Esta edição ANO I – Nº 1 tem a capa plastificada colorida e um miolo de 24 páginas em preto e branco, totalizando 28 páginas, com o resultado de todas as baterias do Campeonato de Saquarema em 1977.


TECO PADARATZ - CAPA DA REVISTA SURFAHOLIC DE 1995
 FOTO: MANABU NOMOTO

Esta produção, idealizada pelos irmãos Rony e Ricardo Lumbra, que comandavam o marketing da Hang Loose nos anos 90, envolveu a fabricação de uma prancha especial pelo shaper havaiano John Carper e a montagem de um suporte para uma câmera profissional, de corpo pesado, do fotógrafo japonês Manabu, que operava os clics com um controle remoto das pedras de Rocky Point. Estes ensaios renderam ainda uma capa da edição de aniversário da HARDCORE com Fabinho Gouveia (ainda colocarei aqui no blog).
A SURFAHOLIC foi uma revista publicada no Japão e comandada pelo surfista nipo-brasileiro Ricardo Gibo. Naquela temporada havaiana Manabu Nomoto produziu belas imagens para a campanha anual da marca Hang Loose. Detalhe, as Go Pro ainda nem haviam sido pensadas, um trabalho de glass especial foi desenvolvido especialmente para este projeto.


JOJÓ DE OLIVENÇA SURFANDO NO GUARUJÁ
FOTO: MARCELO BICUDO

No ano de 2008 a Ecovias, responsável pela administração dos pedágios do Sistema Anchieta-Imigrantes, produzia e distribuía 120.000 exemplares desta revista nas cabines de pedágio.
O baiano Jojó de Olivença, bicampeão brasileiro (1988 e 1992), mudou-se para o Guarujá e após aposentar-se das competições profissionais, montou uma escola de surf na Praia da Enseada. Jocélio de Jesus ainda se arrisca nos eventos para másters e dá um calor em seus contemporâneos.


RICO DE SOUZA, RIO DE JANEIRO
CAPA DA REVISTA O CRUZEIRO INÍCIO DOS ANOS 70


Esta imagem encontrei na internet, não descobri qual é o autor da foto (ainda), mas com certeza vale buscar o acervo dos fotógrafos que trabalhavam para os veículos como O CRUZEIRO, FATOS & FOTOS, MANCHETE e coletar material histórico para ser publicado no livro. Farei esta pesquisa e buscarei coisas inéditas e surpreendentes, tanto para o livro, como para este blog.

domingo, 5 de julho de 2015

TRÊS DE 3

Prime Time para o surf brasileiro

O conceito deste blog é ficar saltando de assuntos antigos para os acontecimentos mais recentes, sempre trazendo uma perspectiva histórica. 

Depois da vitória de Gabriel Medina na última temporada da ASP em 2014, o ano de 2015 também teve um primeiro semestre histórico para o surf brasileiro.
Vamos aos fatos.
ALEJO MUNIZ ACABA DE VENCER O BALLITO PRO NA ÁFRICA DO SUL
IMAGEM RECORTADA DA TRANSMISSÃO DA WSL

A vitória de Alejo marca a terceira vitória de brasileiros nos eventos mais importantes de qualificação, os antigos PRIME, agora chamados QS 10.000 e apenas três destas competições foram agendadas na primeira metade do ano. 

Antes de Alejo, o surfista da Praia Grande (SP), Alex Ribeiro venceu em Saquarema.
ALEX RIBEIRO DERROTOU O FRANCÊS JEREMY FLORES NA FINAL DO QUIKSILVER PRO
IMAGEM RECORTADA DO SITE ONDA GRINGA  – FOTO: DANIEL SMORIGO

O primeiro evento QS 10.000 foi realizado em Trestles na Califórnia e foi um dos shows de superioridade apresentado por Filipe Toledo nesta temporada.
FILIPE TOLEDO, REPRODUÇÃO DE PÁGINA DO SITE SURFLINE
COBERTURA DO OAKLEY LOWERS PRO 2015

Agora a expectativa é com a etapa do WCT da África do Sul, nas lendárias ondas de Jeffreys Bay. Importante lembrar que Adriano de Souza, que chega ao meio da temporada com a liderança no ranking principal da WSL, já venceu um QS em J-Bay, em 2012 – o único brasileiro a vencer lá.

Entramos em julho com a Tempestade Brasileira confirmando a sua força, liderando os rankings do CT e do QS masculino. E abrimos o segundo semestre com esta importante vitória de Alejo, que praticamente já carimba o seu ingresso definitivo de volta ao CT em 2016, com Caio Ibelli e Alex Ribeiro bem na fita.


CASO O CIRCUITO TERMINASSE AGORA
ESTES SERIAM OS CLASSIFICADOS
JEREMY DEIXARIA SUA VAGA PARA KOLOHE
MICHAEL RODRIGUES SERIA O PRIMEIRO ALTERNATE
(mas temos todo o segundo semestre para as peças se moverem no tabuleiro)


Reforçando o título 3 DE TRÊS e + 3: além das vitórias nos únicos 3 QS 10.000 (pontos) da temporada, também levamos 3 das 5 etapas do CT até agora; Filipe no Quiksilver Pro da Gold Coast; Adriano em Margaret River; de novo Filipinho no Rio. Nunca começamos tão forte - HISTÓRICO!