sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

RICO LANÇA FILME COM SUA HISTÓRIA

Vai para o circuito de cinemas em 2015

Ricardo Fontes de Souza (Rico), em parceria com a Sentimental Filme, produziu um longa metragem que vai para as salas de cinema em breve. SURFAR É COISA DE RICO foi produzido durante cinco anos e traz incríveis imagens e depoimentos. Fui convidado para a pré-estréia que ocorreu no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca, no início desta semana.

RICO E KADU MOLITERNO EM ENTREVISTA APÓS A EXIBIÇÃO DO FILME
FOTO: DRAGÃO

O que achei muito interessante neste filme foi o resgate de incríveis imagens do surf com pranchas de madeirite no Arpoador, no início dos anos 60. A forma como foi montado, com diversos depoimentos de pessoas que viveram a história ao lado de Rico, torna o filme bastante atraente, misturando a vivência de Rico desde que começou a surfar em 1964, com a própria história do surf.

Veja algumas entrevistas colhidas por Carlos Matias em reportagem para o site: www.ricosurf.globo.com logo após a pré-estreia, com declarações de outros protagonistas do filme como Otávio Pacheco, Daniel Friedmann, Daniel Sabbá e o fotógrafo Fedoca.



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

BAHIA – DE TODOS OS SANTOS

De Big Riders e Surfistas do WCT

O Estado da Bahia tem o mais vasto litoral entre todos os Estados Brasileiros, uma beleza única que mistura o cenário dos coqueirais nordestinos, com as belas praias cercadas de morros do sudeste, como em Itacaré.
E... Ondas, que podem ficar muito boas.
E surfistas de primeira linha.


TARDE EM ITAPUÃ – 11 DE JANEIRO DE 2015.
FOTO DRAGÃO, PEGUEI ESSA COM MEU CELULAR

Em janeiro de 2015 passei alguns dias em Salvador e tive a oportunidade de conversar com quatro importantes surfistas locais. Para construir os capítulos do livro “A Grande História do Surf Brasileiro”, que irão abordar a importância deste Estado e seus surfistas.
Ainda terei de buscar mais entrevistas e depoimentos, mas aqui vai uma amostra com informações interessantes que coletei até agora.


BERNARDO MUSSI, O BONGA, SURFANDO AO LADO DO FAROL DA BARRA
RETIRADA DE SEU BLOG: BBMUSSI.WORDPRESS.COM FOTO: ZÉ AUGUSTO

A orla da maravilhosa cidade de Salvador desvenda boas ondas desde a borda da Baía de Todos os Santos, delimitada pelo Farol da Barra até a praia de Stella Maris, já quase no município vizinho de Lauro de Freitas. São mais de vinte quilômetros com praias e reef breaks que têm seus dias épicos.
O litoral baiano se estende por 1.100 quilômetros e tem praias famosas não só na região de Salvador, como também ao norte, até a praia do Forte e além... Ao sul em regiões como Ilhéus, Olivença e Itacaré. Com certeza essa extensa faixa litorânea guarda picos que ainda não foram surfados em sua condição mais clássica. Muitas ondas perfeitas têm difícil acesso e quebram sozinhas no litoral da Bahia.
Hoje em dia o surf baiano ganha maior notoriedade no cenário nacional em virtude de seus big riders, notadamente Danilo Couto, que venceu em 2011 o prêmio internacional Billabong XXL, ao surfar a onda da temporada. Os baianos sempre geraram talentos com intimidade para lidar com ondas grandes e fundos de pedra. Foram os principais responsáveis pelo ataque às ondas de Jaws na remada. Os MAD DOGS, Danilo, Yuri Soledade, Marcio Freire... têm sua linhagem que vem de pioneiros atirados como Tourão, Cly Loylie, Lapo Coutinho, Maurício Abubakir... Passando por André Rei, o salva-vidas Alfredo Vilas-Boas, entre outros, culminado com o jovem destemido Lapinho, filho de Lapo (Elsior Coutinho Neto).


MAD DOGS – IMAGEM RETIRADA DO FACEBOOK NO GRUPO “HISTÓRIAS DO SURF DA BAHIA!”



ANDRÉ REI, WAIMEA BAY, CAPA DA REVISTA HARDCORE EM MARÇO DE 1996.
FOTO DO SUL AFRICANO CHRIS VAN LENNEP

Três surfistas da Bahia ascenderam ao primeiro escalão competitivo do Circuito Mundial de Surf: Jojó de Olivença, Armando Daltro e Crhistiano Spirro. Jocélio de Jesus, hoje morando no Guarujá, pode ser considerado o mais notório surfista baiano, bicampeão brasileiro da Abrasp (1988 e 1992), Top 16 da ASP em 1994 e 1996. Ao atrelar a cidade de Olivença ao seu nome, praticamente a colocou no mapa do surf internacional.


JOJÓ DE OLIVENÇA, PRIMEIRO CAMPEÃO BRASILEIRO NORDESTINO, EM UMA ÉPOCA EM QUE OS FABRICANTES DE PRANCHAS AINDA TINHAM SEUS LOGOS EM MAIOR DESTAQUE QUE AS CONFECÇÕES DE SURFWEAR. FOTO: ALBERTO SODRÉ – FLUIR \ DEZ \ 1988


ARMANDO DALTRO ENTROU PARA O WCT EM 1997, DESCEU AO FINAL DE 2001, VOLTOU EM 2003. A EVOLUÇÃO DE SEU SURF FOI ESTUPENDA NOS ANOS QUE PASSOU EM MEIO À ELITE. CAPA DA REVISTA INSIDENOW NO FINAL DOS ANOS 90. FOTO: PETE FRIEDEN - TEAHUPOO

Em minha viagem à Bahia no início deste ano tive a oportunidade de visitar Crhistiano Fráguas de Souza em seu apartamento no bairro da Pituba, em Salvador.

SPIRRO E ALGUNS DE SEUS TROFÉUS. FOTO DRAGÃO

Hoje, aos 42 anos, ele pega ondas quando o mar está bom e trabalha no ramo de saúde, com pós graduação em fisioterapia. Abaixo seguem alguns trechos de sua entrevista:
“Nasci em Salvador em 28 de dezembro de 1972, comecei a surfar na praia de Jaguaribe, com 8 anos. Em 1980 eu morava na Cidade Baixa. Fui muito influenciado por meu irmão Roque, dez anos mais velho que eu, ele já pegava onda e foi o meu maior incentivador. Logo depois nos mudamos para o bairro da Boca do Rio, na orla. Fiquei local da praia da Armação, foi lá que aprendi a pegar onda. Eu casei muito cedo, conheci Alessandra com 16 anos, com 19 estava casado e com 20 já tinha um filho.
Quando comecei a levar o surf mais a sério os surfistas baianos que me chamavam a atenção eram Ricardo BC, Olimpinho e Marcos Nariga. Peguei uma época muito boa de campeonatos aqui na Bahia. Venci a categoria junior de um dos eventos da Fico aqui em Salvador, ainda nos anos 80. Fui campeão baiano junior, bicampeão baiano open, quatro vezes campeão baiano profissional.
Fiquei morando em Salvador, mas sabia que para evoluir no surf eu precisava competir em outros estados, deixar que as pessoas conhecessem o meu surf. Fui vice-campeão brasileiro em 1998, no ano em que Fabio Gouveia venceu a Abrasp. Corri o WQS durante oito anos. A primeira etapa internacional que venci foi o campeonato da Maresia, em Fortaleza, no ano de 1998. Em 2000 venci o Hang Loose Pro Contest, na praia de Maresias (SP).
Entrei para o WCT ao final de 1998, mas corri apenas 1999. Na última etapa do WQS daquele ano houve uma fatalidade e me contundi na bateria semifinal. O quiroprático que estava de plantão no evento deu uma acertada e voltei para disputar a final. Mas tomei um outro caldo forte ao morrer dentro de um tubo e a moral da história é que passei a temporada na elite tendo de lidar com uma hérnia de disco. Mas este resultado em Sunset, uma final no Hawaii, é o que considero o mais importante de minha carreira.”


PAGINA DUPLA DA REVISTA INSIDENOW COM SEQUÊNCIA DE SPIRRO EM SUNSET BEACH, NO ANO DE 1998, QUANDO FEZ A FINAL DA RIP CURL WORLD CUP AO LADO DE SHANE DORIAN (CAMPEÃO), KELLY SLATER E MUNGA BARRY. FICOU EM QUARTO


ANÚNCIO DE 1997, QUANDO ERA PATROCINADO PELA QUIKSILVER
FOTO: PTOLOMEU CERQUEIRA



SPIRRO NA CAPA DA FLUIR DE JUNHO DE 1999
DISPUTANDO A ETAPA DE TEAHUPOO DO WCT
FOTO: TONY FLEURY

A entrevista com Spirro tem mais de uma hora e outros trechos poderão fazer parte do livro e deste blog no futuro. Ele atuou como profissional vários anos e surfando pela marca Maresia, ainda chegou a trabalhar por um bom tempo no marketing da empresa, cuidando da equipe de atletas, eventos e fazendo workshops em lojas.


Antes de passar na casa de Crhistiano visitei a fábrica do lendário surfista e shaper Maurício Abubakir.


MAURÍCIO ABUBAKIR EM SUA FÁBRICA PRÓXIMA AO PARQUE PITUAÇU

Maurício viveu todas as vertentes do surf na Bahia, como pioneiro descobrindo praias novas, como atleta, big rider, como shaper e organizando eventos. Aqui abaixo breves trechos de uma longa entrevista.

“Meu nome completo é José Maurício Fernandez Abubakir, minha descendência mistura árabe com espanhol, nasci em 30 de agosto de 1959. Eu morava na praia da Pituba e na época havia uma enorme fazenda de Juventino Silva, era como se fosse um bairro de veraneio, com poucas casas. Eu estava próximo da praia e comecei a ver o Alex Cunha Guedes, que trouxe uma prancha importada, o Tourão. Eles foram a minha referência. Era 1968, eu tinha nove anos. Havia começado a surfar deitado nas pranchas de isopor e aqui surgiram aquelas pranchas da Procópio, de madeirite, fininhas. Adquiri uma prancha destas para surfar.
Em 1970 começaram a aparecer umas pranchas pesadas de madeira e revestidas de fibra, com quilhas quadradonas. Eram pranchões enormes, eu pedia emprestado aos amigos e tinha maior facilidade de pegar ondas com elas. Depois foram chegando as São Conrado, do Rio e Glaspac, de São Paulo. Surgiram os primeiros fabricantes aqui da Bahia, a Haty Surfboards. A fábrica deles havia se instalado em Amaralina. Eu soube, fui lá e encomendei uma prancha, uma 8’10” long model, mas com o bico já um pouco pontudo (era o início da revolução). Fui várias vezes lá, mas eles não deixavam eu entrar. Não deixavam ninguém ver. Não passávamos da varanda. Mas aquilo me encantou.
Em 1973 e 74 começaram a surgir outras fábricas de prancha na Bahia, no mesmo momento a Arco-Íris, que eu estava envolvido e a Musa. Logo junto a Hydra e a FA (Flávio e Alberto). A coisa era muito artesanal e era um “achado” conseguirmos dar o glass certo nas pranchas. Era alquimia. Tinha informação de um que tinha feito daquela maneira... Depois chegaram uns formulários do Rio que explicavam como fazer o glass, mas também não dava certo."

Hoje já fazem 40 anos que Maurício Abubakir trabalha com pranchas, primeiro as Arco-Íris, depois as Quebra-Coco e agora as Abubakir – High Performance Paddle Boards.




MAURÍCIO ABUBAKIR COM SUA PRANCHA DE REMADA


RECORTES DE JORNAL DO ACERVO DE MAURÍCIO ABUBAKIR



MAURÍCIO E DRAGÃO REFLETIDOS NO VIDRO - A ONDA É EM PUERTO ESCONDIDO
ABUBAKIR "MATA NO PEITO" AS MÓRRAS DO MÉXICO

Um dos mais lendários e pioneiros surfistas de Salvador que tive oportunidade de conversar nesta viagem foi Carlos Augusto Moraes. Carlão como é conhecido havia acabado de preparar, para a revista Mahalo, uma matéria especial sobre a história do surf baiano. Um texto recheado de nomes e informações que serão preciosa ferramenta de bibliografia para meu livro.


CARLÃO MORAES – REPRODUÇÃO DA REVISTA MAHALO NÚMERO #9

O tio de Carlão, Gabriel Augusto de Moraes, foi o fundador da fábrica de pranchas Haty, a primeira grande fábrica da Bahia, ainda nos anos 60 e que depois se mudou para o Rio de Janeiro. Gabriel sócio número 1 e fundador da Associação Baiana de Surf tinha dois filhos, Jorge e Almir, primos de Carlão. No Rio de Janeiro, já nos anos 70, Jorge acabou falecendo em um trágico acidente, em um incêndio em que acabou ficando preso na sala de shape da fábrica, que já levava o nome de JL Surfboards.
Amplie a imagem abaixo que é possível ler parte do texto feito por Carlos Moraes para esta matéria publicada em 2015.



REPRODUÇÃO DE PÁGINA DA REVISTA MAHALO, EDITADA POR YORDAN BOSCO PARA A MAIOR CONFECÇÃO DA BAHIA, A MAHALO, DO GRUPO EMPRESARIAL QUE NASCEU COM AS LOJAS WAVE BEACH E AINDA CONTA COM A MARCA EDYE



CARLÃO EM FOTO RECENTE RETIRADA DE SEU FACEBOOK


A imprensa baiana do surf também tem uma história de superação desde os veículos pioneiros como as revistas Swell e Ação, ainda nos anos 80, passando pelo jornal Qual o Lance, de Márcia Brandão. Também foi importante o jornal Banzai, nascido no seio da UFBA em um esforço dos alunos surfistas do curso de comunicação, culminando com a revista Expresso, comandada por Wilson Ribeiro (WR) e Rilson Campos. Nos anos 2000 o destaque era o Taking Surf.
A imprensa baiana do surf hoje atua com mais atividade com Yordan Bosco, que produz a Mahalo Press; Miguel Brusell Osório, hoje a frente do site Esporte na Rede; e principalmente Ader Oliveira que é um dos responsáveis pelo conteúdo editorial do site Waves.

CAPA DA REVISTA EXPRESSO DE JUN/JUL 98, COM JOJÓ DE OLIVENÇA VOANDO EM FOTO DO CEARENSE FRANCISCO CHAGAS


TAKING SURF CHEGOU A VENCER O PREMIO DE MELHOR COBERTURA DA ABRASP NO CIRCUITO SUPER SURF EM 2006. RUDÁ CARVALHO SURFANDO NO BARRAVENTO
FOTO: EDUARDO MOODY


ABERTURA DA PRIMEIRA MATÉRIA SOBRE A BAHIA, FEITA PARA A BRASIL SURF EM 1975 E PUBLICADA NA EDIÇÃO N. 5 – JAN/FEV 76


CAPA DA REVISTA MAHALO N. 1 COM YURI SOLEDADE EM FOTO DE FRED POMPERMAYER

Outro importante surfista baiano que tive a oportunidade de conversar foi Guiga Matos, hoje ele trabalha com publicidade, mas participou de importantes momentos da estruturação do surf na Bahia e também como atleta. Conheça um pouco de sua história.



GUIGA MATOS, LEGEND DO SURF BAIANO. A FOTO ABAIXO (ELE ME MOSTROU EM SEU CELULAR) É DO FINAL DE 1986, QUANDO AÉREOS ERAM UMA NOVIDADE. FOTO DE JEFFERSON GOES NA PRAIA DO SEPER

  
“Me chamo Antônio Guilherme Malaquias Matos, nasci em Salvador no dia 31 de janeiro de 1963, comecei a surfar no início dos anos 70 com pranchas Planonda de isopor. Eu surfava em pé, colocava quilhas nas pranchas. Cobria as pranchas com tecido, ou pintava com esmalte acrílico para não raspar o peito. Nossa parafina era vela mesmo. Aqui na Bahia tinha muita macumba, então era fácil encontrar na praia.
Minha primeira prancha de fibra foi uma Haty. Eu cresci na Pituba e lá já tinha alguns surfistas bons, com destaque para os irmãos Abubakir (Maurício e Ricardo). Tinha o Isnard, que depois fez uma das primeiras revistas da Bahia, a Ação. A primeira revista da Bahia foi a Swell e cheguei a escrever para esta revista.
Os primeiros campeonatos de surf na Bahia aconteceram nos anos 70, foram três eventos importantes aqui em Salvador, vencidos por Popó Avena, Hilton Issa e Maurício Abubakir. Houve um impulso com a formação da Federação Baiana de Surf, uma das primeiras do Brasil. No início dos anos 80 houve um hiato, sem eventos. Deu uma parada grande. Nessa época eu organizei com alguns amigos a OSPS (Organização dos Surfistas Profissionais de Salvador). Com o nosso próprio dinheiro chegamos a montar um circuito. Em 1987 começou a ser realizado o evento da Radical Wave, um estadual de maior porte.
Eu era da mesma faixa de idade que Hilton Issa, depois já na fase da Abrasp surgiram outros bons surfistas aqui da Bahia: Ricardo BC, Fábio Resende, Olimpinho de Amaralina, os irmãos Argolo (de Ilhéus), Jojó de Olivença. Essa turma que começou a correr os campeonatos nacionais. Eu lembro de ir disputar o primeiro Sundek Classic, em Itamambuca, em 1986. Foi antes da fundação da Abrasp.
Para mim o que ficou marcado foi a realização do I Fico Surf Festival, em 1987, no circuito inaugural da Abrasp. Considero o surf baiano e nordestino marcado por: “Antes e depois do Fico Surf Festival”, veio o pessoal do sul e percebeu que aqui também havia boas ondas. Tenho medalha, camisetas deste evento guardadas. Foi um marco. Se fizermos uma analogia – “O surf baiano está para o Brasil, como o surf brasileiro está para o mundo”. Depois do Fico isso começou a mudar e logo em seguida veio o título de Jojó na Abrasp."


ABERTURA DA REVISTA FLUIR NA MATÉRIA DE 16 PÁGINAS SOBRE O PRIMEIRO FICO SURF FESTIVAL, EM 1987

Lapo Coutinho e Cly Loylie estão preparando um documentário sobre a história do surf baiano. São personalidades importantes do surf baiano que ainda não foram entrevistados para este projeto. Da mesma forma que Jojó, Mandinho, Adalvo Argolo, Danilo Couto e outros importantes surfistas da Bahia.


PERFIL DE LAPO RETIRADO DO PORTAL SURFCAM

Para se aprofundar com outras informações interessantes sobre a formação do surf baiano veja uma postagem deste blog publicada no ano passado. Cliquem na entrevista do YOUTUBE e vejam o depoimento de outro pioneiro, Fredão Tambon.

Para conhecer o projeto do livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO” clic no link abaixo: