terça-feira, 26 de agosto de 2014

MEDINA FAZ HISTÓRIA

As ondas de Teahupoo em 2014 estão sendo consideradas as melhores de toda a história dos campeonatos de surf

E deu Brasil!



Com sua terceira vitória na temporada, Gabriel Medina pavimenta sua caminhada para o sonhado (primeiro) título brasileiro no primeiro escalão do surf mundial (de pranchinha). 
Não podemos cantar vitória antes do tempo, principalmente devido ao quilate e experiência de seus perseguidores: Kelly, Parko, Mick e Taj.


CAPA DO LIVRO (REVISTA COM LOMBADA QUADRADA) DE ALEX GUTENBERG
LANÇADO PELA EDITORA AZUL EM 1989

Quando Alex Gutenberg lançou seu belo trabalho, após a vitória de Fabio Gouveia no Mundial Amador de Porto Rico em 1988, um dos ganchos (que acabou na capa do livro), era destacar 50 ANOS DE AVENTURA, devido as datas: 1938 – primeiro registro de Osmar Gonçalves \ 1988 – vitória de um brasileiro em um campeonato mundial.

DE 1989 ATÉ 2014 SÃO MAIS 25 ANOS
ESBOÇO DE UMA POTENCIAL CAPA DE MEU LIVRO
PROJETO GRÁFICO DE FERNANDO MESQUITA

Quando iniciei o processo de construção deste livro estava consciente da evolução do surf brasileiro nestes 75 anos de sua história. A ideia é deixar mais um documento para referência de nossas futuras gerações.
Independente do título de Gabriel Medina acontecer agora em 2014, ou mais além, com certeza ele reservou espaço para ser considerado o mais jovem ÍCONE da história de nosso surf.

O projeto do livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, previsto para ser lançado em 2017 ou 2018, está dividido em quatro tipos de capítulos:
  • A)    Memórias do Surf Brasileiro
  • B)    Surfistas Ícones
  • C)    Regiões de Surf do Brasil
  • D)   Campeonatos


A quantidade total de páginas e o formato definitivo ainda estão sendo definidos.
O mais importante, em minha visão, é fazer um abrangente trabalho de pesquisa, em busca das mais representativas fotos e das informações mais relevantes.

Conheça detalhes, navegando no site: http://reidragao.wix.com/hsurfbr#!about/c20r9


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

AS LENDAS E AS PROMESSAS

I Encontro Surf LEGENDS Nordeste

No início de setembro em Baía Formosa, no extremo sul do Rio Grande do Norte, quase divisa com a Paraíba, irá acontecer um campeonato que promete congregar os surfistas das primeiras gerações nordestinas.

POSTER DO EVENTO QUE ESTÁ SENDO REALIZADO ATRAVÉS DO ESFORÇO DO SURFISTA PARAIBANO HELDER AMARAL. A IDEIA É QUE ESTE EVENTO CIRCULE POR OUTROS ESTADOS DO NORDESTE NOS PRÓXIMOS ANOS

As paredes de Baía Formosa foram responsáveis por lapidar a linha polida do surf de Fabinho Gouveia (que estará presente no evento de 6 de setembro). Recentemente BF foi palco de uma etapa seletiva do mundial Pro Junior da ASP. A etapa foi vencida pelo talento da Praia Branca (Guarujá), Deivid Silva, que derrotou o favorito Ítalo Ferreira, que veio arrebentando em todas as baterias. Ambos são grandes promessas (realidades) do surf brasileiro.

IMAGEM RETIRADA DO SITE DA REVISTA SURFAR. ÍTALO FERREIRA É UM SURFISTA LOCAL DE BAÍA FORMOSA EM ASCENSÃO NO CENÁRIO MUNDIAL DO SURF

Estes novos talentos seguem o rastro dos LEGENDS de nosso surf, que devem ser respeitados e valorizados.

Surfistas de todas as gerações serão retratados no livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, previsto para ser lançado em 2015.

Conheça detalhes, no site: http://www.hsurfbr.com.br/


sábado, 16 de agosto de 2014

EMOÇÃO LEVADA AO EXTREMO

DNA do surf

Neste dia 15 de agosto iniciou o período de espera do BILLABONG PRO TEAHUPOO 2014, com certeza o evento de maior adrenalina concentrada no WCT da ASP.
Ondas grandes e desafiadoras são esperadas para a etapa deste ano, embora não sejam da magnitude do swell CODE RED de 2011... O bicho vai pegar.


IMAGEM DO FOTÓGRAFO BRIAN BIELMANN, RETIRADA DO SITE SURFLINE, COM UM APANHADO DE MOMENTOS QUE ESTE GRANDE FOTÓGRAFO CAPTUROU NO TAHITI, INCLUSIVE COM UMA BELA FOTO DO BRASILEIRO EVERALDO “PATO” TEIXEIRA, QUE JÁ DEIXA SEU DNA DE SURFISTA REGISTRADO NA FILHA: BELINHA NALU.
ACHO INTERESSANTE TRADUZIR A LEGENDA QUE O PRÓPRIO BRIAN FEZ DESTA IMAGEM:
“NATHAN FLETCHER. O QUE EU POSSO DIZER? A ONDA MAIS LOUCA QUE UM SER HUMANO JÁ SURFOU – E DE LONGE A MELHOR FOTO QUE JÁ TIREI EM MINHA VIDA. É COMO SE A BARRA FOSSE ELEVADA A UM NÍVEL TÃO ALTO, QUE AGORA ALGUÉM VAI TER QUE SUPERAR ISSO? SERÁ QUE É POSSÍVEL? ATÉ QUE PONTO PODERÁ CHEGAR O SURF TOW-IN? A LUGAR NENHUM, ATÉ QUE ALGUM SURFISTA PEGUE UMA ONDA MAIS INSANA DO QUE ESTA.”

Brian é um grande amigo meu, mora há anos no North Shore, sempre fotografou os surfistas brasileiros nas ILHAS. Quando eu trabalhava pela Fluir e depois pela Hardcore, sempre trouxe para o Brasil diversas cartelas de cromos de fotos dele das temporadas havaianas. No final de minha estadia da cobertura havaiana eu ia até a casa dele, que me munia de uma lupa, uma mesa de luz e uma cerveja, para escolher os slides que desejasse. Já haviam cartelas selecionadas com brasileiros. Algumas geraram capas de revistas aqui, páginas duplas maravilhosas.

Mas esta foto do surfista Nathan Fletcher me traz para uma nova reflexão, que envolve a história do surf brasileiro, nossa trajetória no mundo do surf, a constatação da importância do DNA do surf e o entendimento que neste quesito sempre estaremos passos atrás de havaianos, californianos e australianos.
Nathan Fletcher vem de uma família tradicional do surf, dos Fletcher, misturados aos Hoffman, californianos pioneiros no Hawaii. Os filhos de Herbie Fletcher: Christian e Nathan, sempre tiveram a vida ao redor do oceano. Herbie, criou a Astrodeck, a primeira grande empresa de anti-derrapantes, foi dos primeiros a se arriscar com um jet ski, no North Shore, até puxando Martin Potter em algumas ondas, antes de inventarem o tow-in. A tia deles por parte de mãe, Joyce Hoffman, foi bicampeã mundial de surf em 1965\66).
Christian ficou mais famoso primeiro, ao se transformar em um dos maiores expoentes da primeira geração de aerialistas, no final dos anos 80. Nathan ganhou notoriedade como big rider. Ambos são naturais do mar. Uma linhagem de watermen.

Aqui no Brasil, dentro de nossa evolução natural, já começamos a vislumbrar estas linhagens hereditárias, como o tube rider \ freesurfer (que já flertou com as competições) Eric de Souza, filho do Rico; os filhos de Picuruta Salazar, campeões; no Sul a família Johannpeter já chega até a terceira geração, com netos surfistas; e para pegar apenas dois exemplos do nordeste podemos pinçar Ian Gouveia, o filho de Fabinho, nascido em Recife e a família baiana com Lapo Coutinho (juiz) e agora seu filho big rider, Lapinho; também as filhas de Jorge Pacelli e Flávia Boturão: Alana e Nicole... 

Estes são apenas alguns poucos exemplos de um processo muito mais abrangente. Esse desdobramento por gerações, que o Brasil começa a encarar agora, um pouco defasado em relação às nações pioneiras do surf, vai se diluir na esteira da história.

Todas estas vertentes e seu impacto na evolução do surf de nosso país, estarão documentados no livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, previsto para ser lançado em 2015.

Conheça detalhes, no site: http://www.hsurfbr.com.br/


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

QUATRO TEMPOS - Brasil, Peru, Hawaii e Indonésia

As viagens de surf – A ESSÊNCIA

Desde os anos 60 os surfistas brasileiros buscam encontrar ondas mais perfeitas que as conhecidas, até então.
Explorar além da praia em que aprenderam a surfar.

O primeiro passo foi desbravar a costa brasileira.


MEADOS DOS ANOS 60. FOTO DO ACERVO DE ARMANDO SERRA. ESTE PODE SER O PRIMEIRO REGISTRO DE PRANCHAS EM SAQUAREMA. NA FOTO, DA ESQUERDA PARA A DIREITA: RUSSELL COFFIN, QUE HOJE MORA EM SAQUAREMA; DO OUTRO LADO DA VEMAGUETTE, MONICA, COM GERALDO FONSECA ATRÁS DELA; ARMANDO SERRA, PARAFINANDO A PRANCHA, COM BERMUDA FEITA SOB ENCOMENDA COM UMA COSTUREIRA; AO FUNDO JORGE BALLY, O PERSEGUE, QUE HOJE RESIDE NA EUROPA.

De Saquarema, as buscas tomaram mais e mais distância, por São Paulo, pelo Sul do Brasil e o vasto litoral do Nordeste.


IMBITUBA
O SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA, TORNOU-SE O PRIMEIRO EPICENTRO DE PEREGRINAÇÃO PARA SURFISTAS CARIOCAS, PAULISTAS E GAÚCHOS
FOTO RECENTE DE BASILIO RUY
É FÁCIL ENTENDER PORQUE A PERFEIÇÃO DO CENÁRIO E DAS ONDAS CAPTOU A IDOLATRIA DO PICO PELOS SURFISTAS

O primeiro passo internacional, frequentado por um grande número de brasileiros, foi o Peru. No meio dos anos 70 a cidade de Punta Hermosa, com um belo leque de ondas que podiam ser alcançadas a pé, era invadida por dezenas de brasileiros nos meses de verão.


AS VIAGENS EM BUSCA DE ONDAS PROVOCAVAM AVENTURAS INUSITADAS. MUITOS SURFISTAS BRASILEIROS CRUZARAM A CORDILHEIRA DOS ANDES CARREGANDO SUAS PRANCHAS NO TREM DA MORTE. ESTA FOTO, DO ACERVO DE SIDÃO TENUCCI, MOSTRA UM GRUPO DE SURFISTAS DO GUARUJÁ DESCARREGANDO UM COLORIDO ÔNIBUS LATINO AMERICANO EM CHICAMA.

O Hawaii sempre foi o berço espiritual e até hoje é a grande Meca do surf.


O PRÓXIMO PASSO FOI O HAWAII. DEPOIS DA PRESENÇA DE PENHO, EM 1967, MARACA, RICO E POUCOS OUTROS COMEÇARAM A SEGUIR PARA AS ILHAS NO INÍCIO DOS ANOS 70. 

REPRODUÇÃO DE RECORTES DO ACERVO DE PENHO SOARES
PÁGINA DO LIVRO DE ALEX GUTENBERG, PUBLICADO PELA EDITORA AZUL NOS ANOS 80, UM PROJETO DA REVISTA FLUIR QUE CONTOU A HISTÓRIA DO SURF ATÉ A VITÓRIA DE FABIO GOUVEIA EM PORTO RICO - 1988
NA FOTO ACIMA À DIREITA, PENHO APARECE RECEBENDO UM LEI (COLAR) HAVAIANO


E... A INDONÉSIA


NOS ANOS 80 A INDONÉSIA SE TORNOU A NOVA FRONTEIRA A SER DESBRAVADA. ALGUMAS DAS MAIS PERFEITAS ONDAS DO MUNDO CONTINUAM QUEBRANDO NAQUELAS ILHAS E MUITOS BRASILEIROS EXPLORARAM REGIÕES VIRGENS DE SURF. 
JOÃO "PRÍNCIPE" DE ORLÉANS E BRAGANÇA PARTICIPOU DE VIAGEM EXPLORATÓRIA À G-LAND.
REPRODUÇÃO DE MATÉRIA DA EDIÇÃO VOL.02 N.6 DO SURFER’S JOURNAL BRASIL PUBLICADA RECENTEMENTE


THYOLA DO GUARUJÁ. O PRIMEIRO BRASILEIRO A SURFAR EM NIAS, 1979
REPRODUÇÃO DE ABERTURA DE MATÉRIA DA REVISTA VENICE, PUBLICADA EM 2006
FOTO DO CARIOCA MANGABEIRA, QUE FOI O PARCEIRO DE THYOLA NESTA VIAGEM

As viagens pioneiras dos surfistas brasileiros, desbravando ondas nacionais e internacionais, também estarão documentadas no livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, com o primeiro de 5 volumes lançado em 2019. Mais 4 livros, num total de 660 páginas de história, estão previstos.

Conheça detalhes, no site: http://www.hsurfbr.com.br/


terça-feira, 5 de agosto de 2014

ONTEM E HOJE

NOW AND THEN
Brasileiros no topo em Huntington Pier

Em 1999 Neco Padaratz e Fabio Gouveia proclamaram a primeira final 100% brasileira em um pódio estrangeiro, era um evento do WCT, no palco mais movimentado do berço da “cultura surf” - a Califórnia.
Agora a história se repetiu em um evento PRIME do WQS e os protagonistas foram Filipe Toledo e Willian Cardoso.
CAPA DO SITE DA ASP NO DIA SEGUINTE AO EVENTO. WILLIAN APONTA PARA FILIPINHO, DEIXANDO CLARO:
“ESSE É O CARA”. 
FILIPE TOLEDO JÁ HAVIA LEVADO O PRO JUNIOR DE HUNTINGTON BEACH EM 2011. DESTA VEZ FOI O EVENTO PRINCIPAL, QUE NO ANO PASSADO FOI VENCIDO POR ALEJO MUNIZ.
OS BRASILEIROS SE ADAPTAM BEM ÀS ONDAS DESTE FAMOSO BEACH BREAK.


EM AGOSTO DE 1999 ALÉM DE NECO PADARATZ (CAMPEÃO), DE LYCRA VERMELHA, FABINHO GOUVEIA FICOU AO SEU LADO NO PÓDIO E VICTOR RIBAS FOI TERCEIRO COLOCADO, SENDO ELIMINADO NA SEMIFINAL JUNTO COM SUNNY GARCIA.
ESTA IMAGEM FOI A CAPA DA REVISTA INSIDE NOW NO SEGUNDO SEMESTRE DE 1999, QUE TROUXE A COBERTURA DO GOTCHA PRO CALIFORNIA, OITAVA DE TREZE ETAPAS DO WCT DAQUELE ANO.

Relembrar e valorizar estes momentos que escrevem a história do surf brasileiro é um dos objetivos deste blog que anda em paralelo com a concretização do livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, previsto para ser lançado em 2018.

Conheça detalhes, no site: http://www.hsurfbr.com.br/