sexta-feira, 27 de junho de 2014

COMPETIÇÕES DE SURF, PRANCHAS & REGRAS

Segunda metade dos anos 60 nas águas do Rio

Esta postagem do blog HISTÓRIAS DO SURF trará um texto (relato) escrito pelo pioneiro do surf carioca Marcelo Rabello. No livro impresso será impossível apresentar toda esta riqueza de detalhes e resultados, mas considero meu trabalho de pesquisador para a construção do livro “A Grande História do Surf Brasileiro” uma tarefa muito mais abrangente. Este blog funciona em paralelo.


MARCELO RABELLO SURFANDO COM UMA PRANCHA DE MADEIRITE.
ESTA FOTO SAIU NO JORNAL "O GLOBO" EM 26 DE JUNHO DE 1964

TROFÉU DO ACERVO DE MARCELO RABELLO, A PLACA DIZ:

“CERTAME INTERNACIONAL DE SURF – TROFÉU FATOS e FOTOS
RIO 23 a 24 DE ABRIL DE 1966”.

Além do livro em si, que está programado para sair em 2015, este blog poderá ser utilizado como uma fonte de pesquisas permanente para quem desejar e necessitar, pois não tirarei as informações aqui apresentadas e estarei sempre corrigindo e atualizando estas postagens na medida em que o trabalho de pesquisa for se aprofundando. Ainda vou buscar acervos de jornais como O Globo e JB, revistas Fatos e Fotos, O Cruzeiro e Manchete... Cruzarei dados de diversas fontes.

Antes de entrar propriamente no texto e nas informações que Marcelo compilou, gostaria de esclarecer duas coisas: a) o CAPÍTULO 6 vai tratar dos Festivais de Ubatuba e Saquarema nos anos 70 e teve uma prévia lançada aqui neste blog em novembro de 2013; b) em São Vicente e no Guarujá foram realizados campeonatos de surf nos anos de 1967 e 1968, estes eventos serão tratados no CAPÍTULO 7, lançado em dezembro de 2013 (procurem abaixo). Ainda trarei uma outra postagem com aprofundamento das informações e preciosos recortes guardados por Chico Paioli, destes primeiros eventos realizados no Estado de São Paulo. O assunto aqui é o Rio.
 MARCELO RABELLO ESTÁ DE CAMISA FLORAL AZUL E BRANCA (AO CENTRO), EM PRIMEIRO PLANO A SURFISTA VALÉRIA JEANS, SÓCIA DE N. 26 DO ARPOADOR SURF CLUB. FOTO: ROGÉRIO JAPA
ESTA FOTO FOI TIRADA NO DIA 16 DE MAIO DE 2014, NO ALMOÇO ORGANIZADO NO IATE CLUBE DO RIO DE JANEIRO POR ARMANDO SERRA.

VAMOS ÀS INFORMAÇÕES DE MARCELO RABELLO - RJ – NASCIDO EM 1949

Resumo: RIO – Campeonatos de Surf 1964 a 1967

Este resumo é baseado na minha vivência e em recortes de jornais e revistas da época. Porém alguns resultados estão incompletos, principalmente os que não eram da minha categoria, pois em Abril de 1966, os torneios foram divididos em Seniors e Juniors. A complementação dos resultados pode ser feita por surfistas da época.


CAMPEONATO CARIOCA DE SURF – Agosto de 1964

Em 1º de Agosto de 1964, presenciei no Arpoador o primeiro Campeonato Carioca de Surf, com pranchas de madeira sendo a maioria fabricada pelo Moacyr, Carpinteiro Naval que juntamente com o Irencyr Beltrão, desenvolveu as melhores pranchas de surf na época. O Moacyr fazia as lanchas de madeira utilizadas pelo pessoal da caça submarina no Clube dos Marimbás. Esta competição nunca terminou, pois só rolava com mar de ressaca e ondas quebrando do Pontão. Foi concluída a primeira fase com sete chaves de cinco, classificando apenas dois surfistas.


Todos os classificados receberam um Troféu que era uma águia com asas, escrito: Finalista. (foto em anexo)


Os surfistas classificados foram divididos em três chaves de cinco:
Chave A - Mucio Palma, Jaime, Walcyr Rabello, Galdino, Marcos Pastinha.
Chave B - Sergio (Macaco), Irencyr Beltrão, Estrela, Mario Jorge, Ricardo.
Chave C - Jorge Americano, Arduíno Colassanti, Tucci Knut, Badué e Afonso.
REPRODUÇÃO DA REVISTA NEPTUNUS, DO ACERVO DE ARMANDO SERRA. BADUÉ SALTANDO DAS PEDRAS DO ARPOADOR COM SUA PRANCHA DE MADEIRITE. ACIMA FOTO DE ENCONTRO DE SURFISTAS JÁ COM PRANCHAS DE FIBRA.
MARCELO RABELLO É O GAROTINHO NO CANTO DA FOTO.

A avaliação dos surfistas, de acordo com recorte de jornal da época, sem data, era feita da seguinte forma:
Na contagem de pontos eram observados: estilo, subida rápida, aproveitamento da onda, percurso e equilíbrio. O Torneio era disputado por chave. Desta feita, dos cinco eram eliminados dois, restando três de cada chave. Então, era feito um novo sorteio, distribuindo-se três chaves de três atletas cada. A nova triagem, no mesmo dia, apontava um de cada setor, ficando a decisão entre os três melhores, um de cada chave. Alberto Gambale, o organizador geral, disse, porém, que o certame só seria levado a efeito com forte ressaca.

Foi exatamente na primeira fase desse campeonato que vi pela primeira vez o australiano Peter Troy, entrou na água com uma prancha flutuante Bing, que era do Russell Coffin.
Estava dando onda do Pontão e uma das surpresas foi virar a prancha com a quilha para cima para furar uma onda, com a madeirite você afundava a prancha para passar pela onda. Tudo era tão diferente, ele andava sobre a prancha e dava viradas, coisas impossíveis e impensáveis até então, para serem feitas com as madeirites.
Peter Troy veio parar no Brasil vindo do Peru, estava muito fraco. Ele foi acolhido pelo Irencyr “Barriguinha”. Ele hospedou o gringo e seu pai, que era médico, recuperou Peter Troy.

AS PRIMEIRAS PRANCHAS “FLUTUANTES”
Peter Troy em sua passagem nos orientou em como poderíamos fazer pranchas flutuantes e participei ativamente da construção da prancha do meu irmão Walcyr Rabello, que foi laminada junto com a do Irencyr Beltrão, num apartamento vazio acima do nosso, na Rua Francisco Otaviano 60, que o meu pai tinha acabado de comprar.
  • ·         O perfil era dado na longarina de madeira, que eram duas afastadas uma da outra de 10cm.
  • ·         Quatro blocos de isopor P40 de 1,00m x 0,50m x 0,10m.
  • ·         De cada lado tinham 3 blocos colados de 1,00m x 0,25m, com as longarinas, a largura da prancha era em torno de 60 cm.
  • ·         Um quarto bloco de isopor era cortado em tiras de 10 cm, para afastar as duas longarinas.
  • ·         Tinha um molde de papel para definir o perímetro da prancha.
  • ·         O isopor era cortado com serrote, definindo o contorno.
  • ·         Numa tábua de madeira de 0,80m x 0,20m prendíamos uma lixa de sinteco bem grossa, e lixávamos a superfície da prancha até chegar à longarina.
  • ·         Finalmente as bordas eram adoçadas com ralador de coco e lixa.


A laminação era bem complexa:
  • ·         Primeira camada de algodão fino com resina epóxi, para isolar o isopor.
  • ·         Segunda camada com cânhamo (tecido semelhante ao saco de batata) com resina poliéster.
  • ·         Terceira camada de acabamento com algodão e resina poliéster.
  • ·         Algumas pranchas recebiam reforço no meio para os joelhos.
  • ·         Finalmente era colocada a quilha de madeira com reforço de resina e cânhamo.
  • ·         A prancha depois de pronta tinha aproximadamente 3,00m x 0,60m x 0,08m, pesando na faixa de 12 a 13 Kg.

MARCELO RABELLO, ARPOADOR EM 1965, JÁ COM UMA PRANCHA DE FIBRA. FOTO ARQUIVO PESSOAL

FEDERAÇÃO CARIOCA DE SURF
Em 15 de julho de 1965 foi fundada a Federação Carioca de Surf, em cerimônia realizada no Esporte Clube Radar.
O primeiro presidente foi Yllen Kerr, tendo como vice presidente Walter Guerra (pai da Fernanda), a diretoria era formada por: Arduíno Colassanti, Armando Serra e Irencyr Beltrão.
A Federação foi formada por quatro clubes; Esporte Clube Radar, Iate Clube do Rio de Janeiro, Clube Universitário e o Clube dos Marimbás.

CAMPEONATO CARIOCA DE SURF
Em setembro de 1965, foi realizado o primeiro campeonato com pranchas de fibra (importadas). As eliminatórias foram na Praia da Macumba, as semifinais foram no Canto do Recreio, ondas pequenas com boa formação e as finais no Arpoador.
Os juízes eram os surfistas mais velhos que se revezavam na função, pois também participavam do campeonato.
O fato interessante é que como nem todos tinham carro, o Clube Radar cedeu um lotação que levou a galera para a Praia da Macumba.
Na primeira etapa na Praia da Macumba as ondas estavam tão pequenas que as baterias foram realizadas no Cantinho perto da Pedra. No total foram oito baterias com cinco atletas cada, classificando os dois primeiros.

Dados retirados do Jornal do Brasil de domingo 19-09-65

1ª chave – Jorge Bally (Perseguição), do Radar e Antônio Bastos, sem Clube.
2ª chave – Armando Serra do Iate Clube e Walcyr Rabello, sem Clube.
3ª chave – Rafael Gonzales e Mario Brant, ambos sem Clube.
4ª chave – Geraldo Fonseca, do Radar, e José Carlos Brant (Piuí) sem Clube.
5ª chave – Irencyr Beltrão (Barriguinha) do Universitário, e Ibaté Jost, do Iate Clube.
6ª chave – Russell Coffin, e Luiz Estrela ambos sem Clube.
7ª chave – Alexandre Bastos e Marcelo Rabello, ambos sem Clube.
8ª chave – Arduíno Colassanti, do Marimbás, e Bruno Hermany do Iate Clube.
MENINAS COMPETINDO NO RIO. FOTO DO ACERVO DE IRENCYR BELTRÃO, EXTRAÍDA DO LIVRO DE ALEX GUTENBERG: “HISTÓRIA DO SURF NO BRASIL – 50 ANOS DE AVENTURA” 1989, EDITORA AZUL. UMA PRODUÇÃO DA REVISTA FLUIR.

Em Setembro de 1965 foram realizadas as semifinais masculina e a final feminina, no Canto do Recreio, com ondas pequenas, mas com boa formação.
Na minha bateria estavam Walcyr Rabello, Bruno Hermany, Jorge Bally e Rafael Gonzales os dois últimos eram os favoritos ao título, eu acabei ficando em terceiro não me classificando para a final.
Classificaram para a final: Jorge Bally, Rafael Gonzales, Mario Brant (Bração), Alexandre Bastos, Antônio Bastos e Geraldo Fonseca.
O resultado do Campeonato Feminino foi a seguinte:
1º lugar Fernanda Guerra, 2º Karen Aune, 3º Cristina Bastos, 4º Maria Helena e em 5º Tânia Taxmen. (dados retirados do Jornal do Brasil de segunda-feira 27-09-65)
As finais foram na Praia do Arpoador com ondas pequenas surfadas no meio da praia perto do portão do Forte.
1º lugar Jorge Bally (Persegue), 2º Alexandre Bastos, 3º Mario Brant (Bração), 4º Rafael Gonzales (Rato), 5º Geraldo Fonseca e 6º Antônio Bastos.
Os primeiros Campeões de Surf do Estado da Guanabara foram  Jorge Bally, e Fernanda Guerra. Nesse campeonato não houve divisão por categoria (Juniores e Seniores), todos competiram juntos.

A PRIMEIRA FÁBRICA DE PRANCHAS
Em 1965 o Coronel Parreiras fundou a primeira fábrica de pranchas de poliuretano no Rio de Janeiro, a São Conrado Surfboards.
O poliuretano era de cor bege e não branco como as pranchas importadas.
O Parreiras fez uma forma para expandir o poliuretano e contratou para shapers Mario Bração e Cyro Beltrão. 
Em Abril de 1966, mais um impulso para o nosso surf. Vindos do Peru passaram pelo Arpoador os surfistas americanos Mark Martinson e Dale Struble acompanhados dos fotógrafos e cineastas Jim Freeman e Greg MacGillivray. Os dois surfistas ficaram morando no apartamento do Irencyr e os dois fotógrafos comigo e meu irmão.
Mark e Dale surfavam muito bem, e acima do nosso nível. A passagem deles por aqui nos ajudou a evoluir nas manobras e no esporte.
REPRODUÇÃO DE PÁGINA DA MATÉRIA DA REVISTA SURFER AMERICANA. MARK MARTINSON APLICANDO UM HANG TEN. ACERVO DE TITO ROSEMBERG.

A novidade é que o Mark Martinson trouxe uma prancha da Harbour - Trestle Special, em duas partes, com encaixe em “v” para facilitar o transporte. O Dale surfava com uma Jacobs, Greg e Jim registravam tudo com filmes e fotos.
Recebi do Greg um cartaz do filme “The Performers”, feito pelo Greg, conta a aventura de dois novos surfistas australianos, Rich Chew e Bob Limacher, explorando as praias de Maui, Oahu no Hawaii, Baja California, Flórida, México e Califórnia.
Este filme foi considerado na época como o melhor filme de surf de 1965.
Jim também já havia feito alguns filmes como “The Glass Wall” em 1965.

CERTAME INTERNACIONAL DE SURF - Abril de 1966
Nos dias 23 e 24 de abril de 1966, foi realizado um outro campeonato, como iriam participar os dois americanos, foi chamado de Certame Internacional de Surf.
O Campeonato foi promovido pela Federação Carioca de Surf e pela revista Fatos e Fotos.
Foi distribuído um folheto com o regulamento e as regras da competição
O campeonato foi realizado no Arpoador, sendo o primeiro com divisão de categoria por idade até 18 anos Juniores e depois Seniores e Damas.
Feminino: 1º lugar Fernanda Guerra, 2º Maria Helena, 3º Heliana.
Juniores: 1º lugar Dale Struble, 2º Jorge Bally (Persegue), 3º Geraldo Fonseca, 4º José Carlos Brant (Piuí), 5º Marcelo Rabello e 6º Russell Coffin.
Seniores: 1º Mark Martinson, 2º Alexandre Bastos
Prova de remada com saída na Praia do Diabo e chegada na Praia do Arpoador: 1º lugar Mark Martinson, 2º Dale Struble e 3º Geraldo Fonseca.
Os resultados acima foram retirados de matéria do Jornal Brasil de 26 de abril de 1966.


MARCELO RABELLO COMPETINDO EM 1966 NO ARPOADOR NO QUE FOI CHAMADO: CERTAME INTERNACIONAL DE SURF.  GERALDO FONSECA DÁ UMA TIRADA, ENQUANTO MARCELINHO SEGUE NA ONDA; DE CAMISA LISTRADA É JORGE BALLY, O PERSEGUE.
FOTO ARQUIVO PESSOAL MARCELO RABELLO.


FOTO DO ACERVO DE TITO ROSEMBERG. ATLETAS PREPARADOS PARA A COMPETIÇÃO DE REMADA NA PRAIA DO DIABO.

“Eu tenho foto da entrega de prêmios dos juniores e de algumas ondas surfadas, e foto da Fernanda, Maria Helena e a Heliana com os troféus.”

FERNANDA GUERRA, RIO DE JANEIRO – ANOS 60. FOTO EXTRAÍDA DA INTERNET

O surf caminhava a passos largos, várias pessoas queriam aprender, dei algumas dicas para alguns iniciantes entre eles estava o Raymundo Canário (Canarinho), e as garotas começaram a se interessar pelo esporte. Fiquei surpreso com a facilidade de aprender da Brita Polborn, uma velejadora que frequentava o Iate Clube e que conheci na praia. Com apenas três dias, já conseguia passar a arrebentação e entrar nas ondas e cortar.
No dia 23 de setembro de 1966 o Governador Negrão de Lima assinou um decreto de liberação de 200 m. da Praia do Arpoador, da pedra para a direita, liberando esta área para a prática do surf após as 14h. Além do Governador, participaram dessa cerimônia o Secretário do Estado do Governo Humberto Leopoldo Magnavita Braga, o Presidente da Federação Carioca de Surf Yllen Kerr, o Vice-presidente Walter Guerra, os atletas Fernanda Guerra, Maria Helena, João Cristóvão e Armando Serra.
Essa notícia foi veiculada no dia seguinte nos jornais: O Globo, Jornal do Brasil, Última Hora, Correio da Manhã, Jornal dos Esportes, e o Jornal do Comércio.

REPRODUÇÃO DE PÁGINA DO LIVRO DE ALEX GUTENBERG. O GOVERNADOR NEGRÃO DE LIMA RECEBE OS SURFISTAS CARIOCAS; MENINAS PREPARADAS PARA COMPETIR; JORGE BALLY DROPA ONDA DO ARPOADOR RABEADO POR DOIS SURFISTAS; NO TOPO ARMANDO SERRA.

Na Praia do Arpoador foi colocada uma placa com os seguintes dizeres:
CUIDADO ÁREA DESTINADA HOJE A PRÁTICA DO SURF.


REPRODUÇÃO DA REVISTA SUPER SURF (EDITORA ABRIL), 2005. FOTO DO ACERVO DO JB.

1º campeonato carioca de surf - nOVEMBRO DE 1966

Nos dias 26 e 27 de novembro de 1966, foi realizado o 1º Campeonato Carioca de Surf, promovido pela Federação Carioca de Surf, Coca Cola e Governo do Estado da Guanabara.
Autoridades presentes ao evento:
Governador do Estado da Guanabara: Negrão de Lima.
Senador: Gilberto Marinho.
Deputado: Amaral Peixoto
Administrador da Lagoa: Nelson Bastos.
O Campeonato foi realizado na Praia do Arpoador onde foi montado um palanque para as autoridades.
Resultado:
Feminino: 1º lugar Fernanda Guerra, 2º Heliana, 3º Karen Aune e Cristina Bastos, 4º Maria Helena e 5º Soledad Garreton.
A Fernanda tem duas taças uma delas com a seguinte identificação: Campeonato de Surf do Estado da Guanabara – 1º lugar Moças – Homenagem do Comércio da VI R. A., e na outra está escrito: “Magno oferece a Campeã - 3º Campeonato de Surf DATA: 4 - 9 - 1966”.
Juniores: 1º lugar Roberto Lustosa, 2º Rafael Gonzales, 3º Russell Coffin, 4º Marcelo Rabello, 5º Paulo Domennech e 6º José Carlos Brant (Piuí)
Seniores: 1º lugar Alexandre Bastos, 2º Mario Brant (Bração), 3º Armando Serra, 4º Carlos Eduardo (Penho), 5º Tito Rosemberg e 6º Walcyr Rabello.
Prova de remada com saída na Praia do Diabo e chegada na Praia do Arpoador: 1º lugar Estrela, 2º Pará, 3º Almir e 4º Eduardo Domennech.
Após o Campeonato foi oferecido um coquetel no Restaurante Rio 1800, na Praia de Ipanema.
Os resultados acima foram retirados de matéria do Jornal Brasil de 28 de novembro de 1966.

MAGNO PATROCINA CAMPEONATO EM 1967
Nos dias 24 e 25 de junho de 1967, foi realizado o Campeonato de Surf Extra Magno, promovido pela Federação Carioca de Surf, e a loja Magno.
Esse foi o primeiro torneio que teve premiação para Equipe de Surfistas, oferecida pela Pan American World Airways - PAN AM.
Cada Equipe era formada por três homens e uma mulher.
Equipe Pipeline: Jorge Bally, Geraldo Fonseca, Mario Brant e Soledad Garreton.
Equipe Cross-over: Roberto Lustosa, José Carlos Brant, Marcelo Rabello e Cristina Bastos.
Bottom Turn: Helio Rimes, Carlos Mudinho, Paulo Domennech e Edu Domennech.
Wipe Out: Irencyr Beltrão, Rafael Gonzales,  Antonio Bastos e Maria Helena.
Kawabanga: Tito Rosemberg, Rossini Maranhão (Maraca), Marquinho Garcia, Edgar e Heliana.

MUDINHO, ARPOADOR, 1967

Para esse campeonato foi cobrada uma taxa de inscrição no valor de NCr $ 5,00.
Eu fiz uma vaquinha na escola com vinte cinco amigos cada um contribuindo com NCr$ 0,20, para pagar a minha inscrição.
“Tenho a folha com os 25 amigos que participaram da caixinha”


A Fernanda Guerra tricampeã de surf não participou desse Campeonato, pois estava morando no sul e grávida de 8 messes.
Resultado:
Feminino: 1º lugar Heliana, 3º Cristina Bastos
Junior: 1º lugar Paulo Rebecchi, 2º Roberto Lustosa (Betinho).
Sênior: 1º lugar Carlos Lastorina (Mudinho), 2º Marcelo Rabello, 3º Mario Brant (Bração), 4º José Carlos Brant (Piuí), 5º Helio Rimes e 6º Rafael Gonzales (Rato).
Equipe Campeã: Cross-over: Cristina Bastos, José Carlos Brant (Piuí), Roberto Lustosa (Betinho) e Marcelo Rabello. Essa equipe recebeu o Troféu PAN AM e o de Surfista mais elegante, Prêmio Jornal do Brasil.


REPRODUÇÃO DA ABERTURA DE MATÉRIA QUE FIZ PARA A FLUIR EM 2015
ESTA FOI A PRANCHA QUE PENHO TROUXE DO HAWAII E COMEÇOU A REVOLUÇÃO NO BRASIL

Em 1968 Carlos Eduardo Soares (Penho), retornou do Hawaii trazendo a primeira mini-model para o Arpoador.

Essa história ainda será bem contada neste blog e no livro A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO, com diagramação de Fernando Mesquita.

Todo este relato publicado acima foi mandando em um e-mail de Marcelo Rabello. Ele ainda não foi entrevistado, bem como vários outros surfistas que estão na lista de personalidades do surf brasileiro a serem procuradas para contar a sua participação nesta história.

Conheçam detalhes do projeto aqui: http://www.hsurfbr.com.br/



quarta-feira, 11 de junho de 2014

VISUAL ESPORTIVO (parte 2 de 3)

As capas representam instantâneos da história

No início deste ano (postagem de 17 de março) comecei a introduzir as capas da Visual Esportivo, até a edição de número 15.
Com esta imagem emblemática de Felipe Dantas na praia da Pipa volto com mais uma dose para que os internautas possam “colecionar”.

VISUAL ESPORTIVO EDIÇÃO ANO 3 – NÚMERO 16   Cr$ 4.000,00
CAPA: FELIPE DANTAS – PRAIA DA PIPA, RN
FOTÓGRAFO: CLÁUDIO MARANHÃO
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Nesta edição de 1984 começavam a surgir diversos campeonatos, no Rio, 2 nacionais em Ubatuba, no NE, as competições de surf se espalhavam pelo país. Felipe Dantas, potiguar que depois seria vice-campeão brasileiro venceu um evento em Maracaípe (PE), que teve cobertura de página dupla colorida nesta edição.


O critério continua o mesmo, como as capas da Visual não trazem o mês e ano de veiculação, me valerei dos eventos cobertos na edição para posicionar a época. Isso nos dará um panorama de alguns acontecimentos dos meados dos anos 80, depois do último Waimea 5000, até que o circuito mundial voltasse ao Brasil com o primeiro Hang Loose Pro Contest.

É importante destacar a introdução da Visual Surf a partir de 1984, que saia alternadamente com a Visual Esportivo.


VISUAL SURF EDIÇÃO ANO 1  – N.º 1   Cr$ 4.000,00
CAPA: MONTAGEM DE FOTOS
FOTÓGRAFOs: PAULO CÉSAR PACHECO e NILTON BARBOSA
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz 16 páginas da Ilha do Mel (PR) e uma extensa entrevista com Valdir Vargas.


VISUAL ESPORTIVO EDIÇÃO ANO 3 – N.º 17   Cr$ 5.500,00
 
CAPA: RENAN PITANGUY – PIPELINE
FOTÓGRAFO: NILTON BARBOSA
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: No primeiro anúncio da revista, da marca Energia de Lipe Dylong, a mensagem é de muita energia para o ano que se inicia 1985.


VISUAL SURF EDIÇÃO ANO 1  – N.º 2   Cr$ 6.000,00
CAPA: IANZINHO MARTINS – OFF-THE-WALL, HAWAII
FOTÓGRAFO: NILTON BARBOSA
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz uma cobertura do primeiro evento realizado em Memória de Eddie Aikau, realizado ainda em Sunset Beach e vencido por Denton Miyamura.


VISUAL ESPORTIVO EDIÇÃO ANO 3 – N.º 18   Cr$ 8.500,00
CAPA: ZECÃO RENNÓ – ROCKY POINT
FOTÓGRAFO: VINCE CAVATAIO
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz a cobertura do OP Pro 85, o maior de todos os campeonatos (até então), na Joaquina, no verão de 1985.


VISUAL SURF EDIÇÃO ANO 1  – N.º 3   Cr$ 8.000,00
CAPA: ROGÉRIO “BROCA” IZETTI  – WAIMEA BAY, HAWAII
FOTÓGRAFO: DENJIRO SATO
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz 13 páginas sobre Waimea Bay, com mapa das correntes e orientações do especialista James Jones.


VISUAL ESPORTIVO EDIÇÃO ANO 4 – N.º 19   Cr$ 12.000,00
CAPA: SIMON ANDERSON – JEFFREYS BAY, ÁFRICA DO SUL
FOTÓGRAFO: ERNESTO BALDAN
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz os Festivais Brasileiro (ASU) e Nacional (AUS) de Ubatuba, em 1985.


VISUAL SURF EDIÇÃO ANO 1  – N.º 4   Cr$ 15.000,00
CAPA: TINGUINHA LIMA – GUARUJÁ
FOTÓGRAFO: ANDRÉ REICHMANN
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz a cobertura da perna japonesa do circuito mundial de 1985, destacando que o Japão e o Brasil eram nações que ainda não haviam deixado a sua marca na ASP.


VISUAL ESPORTIVO EDIÇÃO ANO 4 – N.º 20   Cr$ 22.000,00
CAPA: MAURO PACHECO, SUNSET BEACH, HAWAII
FOTÓGRAFO: WARREN BOLSTER
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz os primeiros lampejos da temporada havaiana 85/86.


VISUAL SURF EDIÇÃO ANO 1  – N.º 5   Cz$ 15,00
CAPA: TAIU BUENO – SUNSET BEACH, HAWAII
FOTÓGRAFO: DENJIRO SATO
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz a cobertura da Tríplice Coroa Havaiana de 85 e o escaldante OP Pro de 86, o último antes da Abrasp.


VISUAL ESPORTIVO EDIÇÃO ANO 4 – N.º 21   Cz$ 22,00
CAPA: O baiano MANOEL FERNANDEZ – WAIMEA BAY, HAWAII
FOTÓGRAFO: DENJIRO SATO
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz o Circuito O.S.P. (carioca) de 1986.


VISUAL SURF EDIÇÃO ANO 1  – N.º 6   Cz$ 15,00
CAPA: COQUINHO – POSTINHO, BARRA DA TIJUCA
FOTÓGRAFO: MARCELO COZZARE
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz o 12º Festival Brasileiro de Ubatuba – 1º Sundek Classic. Em julho de 1986 Itamambuca quebrou clássico nos primeiros dias.


VISUAL ESPORTIVO EDIÇÃO ANO 4 – N.º 22   Cz$ 22,00
CAPA: RENATO PHEBO – GRUMARI, RIO DE JANEIRO
FOTÓGRAFO: NILTON BARBOSA
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz a perna francesa do circuito mundial no verão europeu de 1986.


VISUAL SURF EDIÇÃO VOLUME II  – N.º 7   Cz$ 15,00
CAPA: SERGIO NORONHA – PRAIA DA JOAQUINA, FLORIANÓPOLIS
FOTÓGRAFO: PAUL COHEN - GORDINHO
Matéria em DESTAQUE / curiosidade: Esta edição traz a cobertura do Hang Loose Pro Contest 1986, a volta do Circuito Mundial ao Brasil, um evento “transformador”.

AGUARDEM AS PRÓXIMAS POSTAGENS COM TODAS AS OUTRAS
CAPAS DA VISUAL ESPORTIVO E TAMBÉM DA VISUAL SURF

42 EDIÇÕES AO TODO