sexta-feira, 5 de setembro de 2014

AS MENINAS DO SURF

Presentes desde o início

O surf feminino brasileiro sempre marcou presença em nossas águas e também internacionalmente. Quando os primeiros “garotos”, Juá, Thomas e Osmar Gonçalves se arriscaram nas ondas de Santos... Lá estava Margot Rittscher, irmã de Thomas, isso ainda nos anos 30.


REPRODUÇÃO EXTRAÍDA DO SITE DA REVISTA TPM. MARGOT FOI ENTREVISTADA PELA REVISTA TRIP PARA MULHER, POUCO ANTES DE FALECER NO INÍCIO DOS ANOS 2000. EM 1938 ELA FOI A PRIMEIRA MENINA A LIDAR COM AQUELAS PRANCHAS, MODELOS DE TOM BLAKE.

Um segundo foco de surf surgiu no Rio de Janeiro a partir do final dos anos 50 e garotas como Fernanda Guerra, Maria Helena Beltrão, Eliana e outras jovens mulheres se aventuraram nas ondas do Rio.

 FERNANDA GUERRA COM UMA PRANCHA DE MADEIRITE NO INÍCIO DOS ANOS 60. ANTES DAS REVISTAS DE SURF, AS PRIMEIRAS IMAGENS DO ESPORTE SAIAM EM JORNAIS E REVISTAS COMO FATOS & FOTOS, O CRUZEIRO, MANCHETE...
 TITO ROSEMBERG TEM UM BELO ACERVO DE IMAGENS DOS PRIMEIROS ANOS DE SURF NO BRASIL. A TOTEM MONTOU UM ÁLBUM COM SUAS FOTOS, ENTRE ELAS MOMENTOS COM AS GAROTAS SE DIVERTINDO NO ARPOADOR

Ainda nos anos 60, no Estado de São Paulo, foram organizados campeonatos de surf. Em frente ao Clube da Orla, na praia de Pitangueiras, algumas meninas já marcavam presença, os destaques femininos foram Renata Polisaitis, que venceu o evento em 1968 (única a se apresentar em 1967) e as gêmeas Christine e Renata Muller.


GESSY FALKENBURG, COM UMA PRANCHA GLASPAC MK2, DURANTE UM DOS EVENTOS REALIZADOS EM PITANGUEIRAS NOS ANOS DE 1967 E 1968
IMAGEM DE POIO ESTAVSKI, EXTRAIDA DO BLOG DE BRUNO ALVES

O Rio Grande do Sul foi um dos principais focos de mulheres surfistas no Brasil. Ainda nos anos 60 as meninas das famílias gaúchas já brincavam com as pranchas de seus irmãos, mas a notoriedade competitiva veio nos anos 80, com duas garotas, Tanira Damasceno e Roberta Borges, que sempre estavam nos pódios dos grandes campeonatos de surf que começavam a ser realizados no Brasil e passaram a incluir a categoria feminina.


ROBERTA E TANIRA, A SEGUNDA E A QUARTA GAROTAS, NA FOTO ACIMA, EM FINAL DO CIRCUITO RENNER NO RIO GRANDE DO SUL
ABAIXO, ROBERTA BORGES SURFANDO EM ITAMAMBUCA, UBATUBA
IMAGEM RECORTADA DO SITE SURFARI.COM.BR

O surf feminino foi ganhando presença, mas apenas em 1997 a categoria começou a fazer parte do Circuito Abrasp, com a vitória de Deborah Farah. Uma nova geração de meninas começou a competir no Brasil e pelo mundo afora.

 ANDREA LOPES, TETRACAMPEÃ BRASILEIRA DE SURF, FOI A PRIMEIRA DE NOSSAS MENINAS A VENCER UMA ETAPA DO CIRCUITO MUNDIAL DE SURF, NA BARRA DA TIJUCA EM 1999
IMAGEM EXTRAÍDA DO SITE ESPECIALIZADO EM SURF FEMININO EHLAS.COM.BR

No circuito mundial começamos a ter uma presença cada vez mais forte, uma das maiores vencedoras foi a cearense Tita Tavares.
                     TITA TAVARES FOI CAPA DA REVISTA FLUIR EM 1998 - OBTEVE GRANDES RESULTADOS.

Mas foi Jaqueline Silva que chegou mais perto de um título.


IMAGEM RETIRADA DE MATÉRIA DA REVISTA HARDCORE DE 15 ANOS, EM ABRIL DE 2004. JAQUELINE SILVA FOI VICE CAMPEÃ MUNDIAL DA ASP EM 2002

As meninas do Brasil também se atiram em ondas gigantes, atletas preparadas como Andrea Moller e Silvia Nabuco surfam as ondas de Jaws, mas em termos de ondas grandes a mais famosa surfista brasileira é Maya Gabeira, vencedora por 5 vezes do prêmio XXL da Billabong, por ter a melhor performance feminina em ondas grandes.


MAYA GABEIRA SURFANDO AS PERIGOSAS ONDAS DE NAZARÉ EM PORTUGAL

Nosso surf competitivo feminino sempre teve altos e baixos, safras boas e momentos de restruturação e troca da guarda. Na temporada de 2014 não temos nenhuma menina entre as 17 que participam do WCT feminino, mas para 2015 teremos o regresso da cearense Silvana Lima para a elite.


SILVANA LIMA ACABOU DE CONFIRMAR SUA PRESENÇA NA PRÓXIMA TEMPORADA DO CIRCUITO MUNDIAL DE SURF, COM PERFORMANCES MUITO CONSISTENTES NO WQS ELA RETORNA AO PRIMEIRO ESCALÃO PARA DESAFIAR UMA CONSTELAÇÃO DE JOVENS TALENTOS MUNDIAIS
IMAGEM EXTRAÍDA DE REPORTAGEM DE JOÃO CARVALHO PARA O SITE DA ASP SOUTH AMERICA

O surf feminino também estará presente no livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, previsto para ser lançado em 2019.

Conheça detalhes, no site: http://www.hsurfbr.com.br/


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